domingo, 25 de agosto de 2013

Amarrando as ideias



O objetivo central de nossa pesquisa era entender porque tantos professores resistem ao uso da tecnologia. Partimos de uma suspeita e nos deparamos com questões muito importantes para a Educação. De certa forma, trata-se de algo conhecido por todos: em nossas escolas, o quadro e a caneta (ou giz) e o sistema de cópia ainda são as principais ferramentas de trabalho do professor. Em nossas pesquisas isso foi comprovado com dados recentes.
Haveria algum tipo de receio? Será que o problema é a formação? Nossos professores estariam despreparados? Conseguimos constatar que o uso de Internet, por exemplo, já está praticamente universalizado entre os profissionais da educação. As escolas também possuem, em sua maioria, laboratórios de informática com acesso à Internet.
As novas tecnologias da comunicação e informação são uma realidade em nossa sociedade. Professores e alunos conhecem, tem acesso e sabem utilizar essas tecnologias. Entretanto, esbarramos com a questão da forma de utilização dessas novas tecnologias. Ficou claro através de vídeos, textos e dos comentários no blog, que o atual sistema educacional não comporta e nem consegue dar conta da educação desta nova geração, que já nasce conectada as novas tecnologias. É preciso mudar a forma como ensinamos, e assim utilizar de maneira adequada, explorando todo o potencial das novas tecnologias.
Assim, constatamos que é necessário repensar todo o sistema educacional para que o professor possa utilizar a tecnologia não como uma mera ferramenta, mas que seja algo que faz parte de um projeto maior. Isso carece de investimento, planejamento e valorização do profissional de educação. Algumas propostas neste sentido estão surgindo, e em breve veremos os resultados.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A CRIATIVIDADE ALIADA A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO


NOVA METODOLOGIA DE ENSINO COM BASE NA TECNOLOGIA

Nova metodologia de ensino com base na tecnologia começa no Rio

O projeto 'Gente' deve chegar a 125 escolas em 2016 

Jornal do Brasi lCaio Lima*
Uma nova metodologia de ensino que utiliza amplamente os novos meios tecnológicos está nascendo na cidade do Rio de Janeiro. Os 180 alunos do 7º, 8º e 9º ano da Escola Municipal André Urani, na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, já estão integrados ao Projeto Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais, o Gente. Com isso, esses jovens são os pioneiros da iniciativa da Secretaria Municipal de Educação (SME) que, além de tirar da escola velhas práticas da educação tradicional, como a utilização de quadros negros e giz, dá autonomia ao aluno para decidir o ritmo de seu próprio aprendizado.
De acordo com o subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais da SME e idealizador do projeto Gente, Rafael Parente, a iniciativa representa uma resposta ao sistema de aprendizagem vigente na maioria das escolas, que segundo ele é “falido”.
“Em primeiro lugar, é dar certeza que o modelo atual não responde aos anseios dos alunos. A escola de hoje está meio falida, já há um consenso para mudar o trabalho dos educadores” ressalta Parente, que explica como foi o processo para criar o projeto: “como todos se perguntavam como conseguir um novo modelo de escola, comecei a acompanhar discussões de pais e alunos em redes sociais e visitei escolas com outros modelos não tradicionais. A partir daí, unimos alguns conceitos e teorias de profissionais em pedagogia, neurociências, entre outras áreas, e achamos um direcionamento educacional para criar esse novo conceito, o Gente”, revelou ao Jornal do Brasil.

 
 
 
A nova metodologia de ensino tem como objetivo proporcionar ao aluno autonomia e criar um espaço de construção colaborativa do conhecimento, a partir das novas tecnologias. Para alcançar isso, os 180 alunos são divididos em 30 “famílias” de seis, independentemente da série em que estão matriculados.
Nesse primeiro momento de implantação do Gente, denominado diagnóstico, os próprios alunos escolheram suas “famílias” de acordo com suas afinidades, mas passam por testes de habilidades cognitivas, que são as matérias tradicionais, e não cognitivas, que são provas para saber, por exemplo, como eles pensam o mundo, o senso crítico, o nível de inteligência emocional e perseverança. Quando o diagnóstico terminar, os alunos serão realocados de acordo com o resultado dos testes.
Cada aluno do projeto recebeu um tablet ou netbook para realizar as tarefas do dia-a-dia, onde eles próprios escolhem a ordem e como fazer, de acordo com um itinerário pré estabelecido semanalmente pelo Gente. Ao chegarem à escola, os jovens estudantes passam por um processo para compartilhar com o grupo a expectativa para o dia e, com a ajuda dos professores, no projeto denominado “mentores”, cada um irá decidir o quê e como estudar. À livre escolha, eles também têm a opção de escolher eletivas como línguas estrangeiras, esportes e artes.
Todas as semanas os estudantes passarão por testes, mas eles também escolherão quando querem realizá-los. Rafael Parente explica: “o conteúdo começa a ser passado pelos professores na segunda-feira e seguem durante toda a semana. Na quinta-feira, na parte da tarde, todos devem ter respondido às seis perguntas, de três níveis de dificuldade, formuladas por um sistema inteligente chamado Máquina de Testes. No entanto, se na terça-feira o aluno já se sentir confiante para respondê-las, ele poderá requisitar os testes ao seu mentor”.
Caso o aluno não consiga atingir o resultado esperado, já na sexta-feira ele passa a ter atendimento especial sobre aquela dúvida específica, ou seja, uma espécie de reforço. “É a personalização do ensino para o estilo de cada aluno. Todos evoluem em ritmo diferente e, aqui, o estudante não reprova o ano, ele repete especificamente aquilo que não entendeu durante a semana”, afirma Parente.
Professor agora é mentor e multidisciplinar
A função tradicional do professor, aquela com quadro negro e giz, já está totalmente mudada na escola André Urani. Como ressalta André Couto, representante da ONG Tamboro, responsável por orientar os professores nessa nova metodologia de ensino, o momento é de um “processo de passo a passo”.
“É um processo de transição porque os professores, agora chamados mentores, foram formados numa matriz de ensino e agora atuarão de forma completamente diferente. Aqui eles deixam de ser professores de uma só disciplina. Uma vez mentor, significa que ele terá um olhar generalista e participará do itinerário formativo de cada aluno, independente da sua formação. Ao invés de explicar a matéria, o professor-mentor  vai, junto com o aluno, resolver e buscar o conhecimento por meio de educopédias na web, aplicativos, livros interativos. Essencialmente, eles devem saber como estimular o processo de aprendizado do estudante”, explica André Couto.
Uma das novas professoras mentoras do colégio André Urani é Flávia Soares Martins. Formada em Ciências e 24 anos lecionando, Flávia se diz uma entusiasta do projeto.
“A educação tradicional está fora de moda. No meu tempo, se tivesse algo do tipo, ninguém iria querer matar aula, agora ficou interessante estudar. O interesse das crianças pelas máquinas é fascinante. Não podemos saber se todas as escolas chegarão a esse patamar, mas o que importa é que estamos lutando por melhorias na educação. Terão alguns erros, mas o que faremos é lapidar e aparar as arestas para melhorar cada vez mais esse projeto”, ressalta a mentora.
Cada professor-mentor fica responsável por 18 alunos, ou seja, três “famílias” de seis.
Oportunidade
Um dos alunos do colégio Eduardo Paiva da Silva, 11 anos, que estaria no 7º ano, comemora a mudança de escola. Ex-aluno da Escola Municipal Francisco de Paula Brito, ele diz estar “muito feliz” com a nova oportunidade em sua vida.
“É muito bom porque eu não tinha isso na minha última escola. Agora eu tenho a oportunidade de usar tecnologia. Isso vai melhorar meus estudos e vou aprender mais”, garante, entusiasmado, Eduardo.
Escola que nem parece escola
Quem visita o colégio André Urani certamente vai estranhar o ambiente que, na verdade, nem se parece com uma escola. Em lugar das diversas salas de aula, três salões com diversas mesas para seis pessoas dão conta dos 180 alunos do projeto. Já as paredes, extremamente coloridas, estão estampadas com fotos de alunos do colégio, para identificá-los à escola, e frases para estimular o futuro de personalidades como Charles Chaplin, Bob Marley e Oscar Niemeyer. Uma delas, do arquiteto Niemeyer, diz: “A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”.
Futuro
Ciente das constantes evoluções tecnológicas, o idealizador do Gente, Rafael Parente, afirma que o projeto “não é pronto e imutável”.
“Deve ser constantemente repensado e recriado, inclusive para acompanhar a rapidez com que surgem as novas tecnologias. A educação deve seguir  a mesma velocidade das tecnologias para as escolas não ficarem para trás”, afirma Parente.
De acordo com o subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais, o Gente pretende atingir, até 2014, além do André Urani, mais cinco escolas da rede municipal de ensino, 30 em 2015 e 125 em 2016.
*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil
 

sábado, 17 de agosto de 2013

Professores X Tecnologia: estatísticas e hipótese



Olá meninas e pessoal que acompanha o blog
Demorei para postar no blog por que estava em busca de informações mais técnicas, mais oficiais e com base em pesquisa estatísticas sobre a utilização de novas tecnologias por parte dos professores. Não encontrei muita coisa sobre novas tecnologias de modo geral, mas encontrei alguns dados bem interessantes sobre o uso de computador e Internet nas atividades realizadas pelos alunos. A minha fonte é uma pesquisa realizada por um órgão oficial, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), chamada TIC Educação 2012. Os dados desta pesquisa foram publicados em maio de 2013. 




A seguir, a metodologia utilizada na pesquisa:




Na sequência de dados apresentada vemos claramente quais são as atividades preferidas, que são mais realizadas pelos professores: exercícios, aula expositiva e interpretação de texto. Práticas mais atraentes aos estudantes como projetos sobre um tema ou jogos educativos, somados, não chegam nem a 15%.





A próxima sequência de dados é mais esclarecedora sobre o uso da Internet e computador nas atividades realizadas com os alunos.




Com exceção do primeiro tópico (já era esperado que a maioria dos professores que ensinam como usar o computador e Internet utilizarão computador e Internet. Ainda assim não foi a maioria esmagadora, mas 62%), todos os outros estão abaixo de 50%. Um caso que me chamou a atenção, é que apenas 12% dos professores dizem realizar de maneira frequente atividades em grupo e trabalho colaborativo e apenas 29% destes utilizam o computador e Internet. Isso é muito pouco, principalmente se pensarmos nas possibilidades de integração e comunicação que a Internet pode proporcionar.
Acredito que os números deixaram claro que os professores (pelo menos grande parte destes) não utilizam novas tecnologias em sala de aula. Nem mesmo nas tradicionais práticas de aula expositiva e exercícios.

Será que é por que os professores não sabem utilizar a Internet, ou não tem acesso?



Os dados da TIC 2012 mostram que não:




Quase todos tem acesso e sabem utilizar Internet
Eu acho que o motivo é outro:




Comentem!


                                                                                            Vitor Ribeiro de Souza






quinta-feira, 8 de agosto de 2013

É preciso hackear a educação!

http://www.youtube.com/watch?v=yiqo_jPr3eE

      Este vídeo nos leva a entender o quanto a tecnologia é importante e necessária no dia a dia escolar. Portanto cada vez mais se faz necessário que o professor reavalie suas práticas educativas se atualizando sempre.
(Ana Maria da Silva)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Olá. O presente artigo do Editor Robson Freire traz á tona uma discussão em relação a implantação da tecnologia nas escolas e seu impacto nas metodologias de ensino . Achei interessante pois ajuda-nos a pensar sobre o que estamos discutindo em nosso blogger.
 Deem uma olhada ,vale á pena.

 "As tecnologias oferecem hoje aos professores recursos e meios que podem ampliar a relação ensino-aprendizagem, diminuindo barreiras de tempo e espaço, através de ambientes que extrapolam a sala de aula física e convencional. Os repositórios, blogs e os espaços colaborativos podem agregar conhecimentos a própria prática docente , por meio de pesquisas sobre novas metodologias e recursos didáticos(...)"http://professordigital.wordpress.com/2013/01/21/mudanca-ou-enganacao

A resistência ao uso das novas tecnologias.

Mesmo diante do desenvolvimento acelerado da Tecnologia e da Comunicação, muitos docentes ainda se restringem à utilização de vídeos e ao retro projetor como recursos durante a sua prática de ensino (Belintane, 2000), demonstrando uma resistência ao uso das tecnologias.
Segundo Grégio (2004), os profissionais da Educação trazem consigo uma grande resistência a novos métodos na educação. Esse mesmo autor afirma que existem poucos docentes qualificados a utilizarem ferramentas informatizadas. Segundo Aoki (2001), o cenário atual das escolas é de profissionais arraigados a métodos de ensino tradicionais e visão de transmitir conhecimentos, deixando de lado, a construção desses conhecimentos, mesmo usufruindo de todos os recursos que a Informática proporciona.
Mudar a forma tradicional de ensino é um grande desafio. Introduzir as novas tecnologias da informação e da comunicação (NTICs), no processo de ensino-aprendizagem, requer um enorme investimento, tanto em termos de capacitação, quanto em termos de mudança de cultura dos profissionais da educação. Mesmo com a multiplicação de programas voltados para a capacitação dos educadores no uso da informática, os resultados ainda são modestos no sistema educacional como um todo (Motta, 2003). Faz –se necessário que o professor tenha uma formação tecnológica complementar, para que o mesmo utilize como estratégia educativa os recursos computacionais (Valente, 1998). Em concordância com esse pensamento, Aoki (2001) afirma que a resistência em participar é eminente para uma grande maioria dos docentes, mesmo quando as escolas oferecem cursos para qualificação docente. Aoki (2001) revela ainda, em sua pesquisa, que a grande maioria dos professores nunca utilizaram os recursos da informática educativa e constatou o pouco interesse na mudança de metodologia, mesmo com a disponibilidade de infra-estrutura para esse fim.
Com base nas reflexões apresentadas acima, é possível afirmar que ainda existe um grande número de docentes sem formação para atuarem com tecnologia e com pouca ou nenhuma motivação para utilizar ambientes informatizados em sua prática educacional.




Vocês estão preparados para utilizar as novas tecnologias?